“Sábado passado (se não me engano), tive que ir ao supermercado para comprar algumas coisas para casa.
Como estava escuro e um pouco chuvoso… nublado, resolvi pegar o carro.
Lá fui eu, dirigindo, ouvindo uma música para relaxar.
Numa boa.
Como de costume.
Faltando uns quatro quarteirões (mais ou menos) para chegar no meu destino, entrei numa rua cheia de buracos e, claro, por distração minha, acabei passando em cima de alguns.
Para minha sorte, não aconteceu nada comigo.
Mas com o carro…
Bom, o pneu da frente já era.
Na hora lá fiquei nervoso, sabe.
Me veio o pensamento “Poxa! eu deveria prestar mais atenção”.
Mas quando veio esse pensamento de culpa, logo parei respirei e afirmei para mim mesmo:
“Tudo bem. Aconteceu. Não posso voltar atrás. Aconteceu. Aceito o problema. Meu carro quebrou. Agora o que me resta é chamar o mecânico, trocar os pneus e seguir com a lição que aprendi: dirigir com atenção.
Foi isso que fiz.
Perceberam como interpretei meu problema?
Aceitei o problema. Não como conformismo. Mas como um fato que não tem como voltar. Lamentei. Refleti. Tomei uma atitude e segui com a lição que aprendi.
Agora vamos trazer esse cenário para nossa vida.
O sonho de todo motorista é andar numa via totalmente pavimentada, lisinha, sem nenhum obstáculo.
Só que não é bem assim.
Infelizmente, a realidade é outra.
Buracos, pavimento solto, sujeira e por aí vai…
Mas nem por isso deixa de dirigir.
Mesmo com toda situação adversa, a gente não deixa de pegar o carro e sair com ele quando precisa.
Imagine que a sua vida é uma rua e que os obstáculos são os problemas do dia dia.
E quais seriam esses problemas?
Um amor não correspondido, a quebra de expectativa quando não somos chamados naquela entrevista de emprego, a traição de uma pessoa querida, um término de relacionamento, etc.
Nós, no fundo no fundo, assim como os motoristas, queremos uma rua (100%), ou seja, uma vida sem problemas para enfrentar durante o percurso.
É o que idealizamos.
Só que também aqui a realidade é bem diferente.
Todos estamos sujeitos a problemas.
Eu, você, seu amigo, sua amiga…
Todo mundo.
E isso é normal.
Quando deparar com um problema, o que lhe resta fazer, assim como aconteceu comigo, é aceitar (trabalhe sua aceitação), refletir sobre o problema, aprender a lição, tomar uma atitude para superar e seguir em frente.
A questão não é não ter problemas, mas a forma como nós a interpretamos e seguimos.
Não deixar de viver por causa dos problemas.
No meu caso, por exemplo, mesmo sabendo, agora, que na rua que leva ao supermercado tem buracos, eu não deixarei de ir lá com o meu carro.
Se precisar, pegarei o meu carro e irei de novo, mas agora com a devida atenção para desviar dos obstáculos.
E se por um acaso eu cair em algum buraco e o pneu furar, o que me restará fazer é consertar, ou seja, trocar o pneu do veículo, e seguir, na direção do meu destino.
Perceberam?
Seguir a vida e colocar em prática a lição que aprendi com o problema passado.
E você?
Suponha que agora é com você.
Quando você está dirigindo e cai num buraco e o carro quebra, você fica lá, lamentando a noite inteira, esperando alguém fazer alguma coisa por você ou você lamenta, mas, ao mesmo tempo, toma a iniciativa de fazer alguma coisa, como conserta o carro, deixa ele melhor do que estava antes e segue em frente com a lição que o problema lhe proporcionou?
Ao se deparar com um problema, lamente (você tem o direito de pôr pra fora o que você sente), mas, ao mesmo tempo, reflita sobre o problema, aprenda com ele e tome uma atitude para superar.
Aprenda a ter uma postura mental de encarar os seus problemas, de aprender com eles e de seguir em frente.
Pense nisso.